Enxaqueca

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Dr. Leonardo Vaz (neurologista) | CRM 162.822

A enxaqueca, também chamada de migrânea, é uma das doenças neurológicas mais comuns e tem um grande impacto social, econômico e emocional. Embora não seja considerada uma doença grave, a enxaqueca está no grupo de enfermidades mais incapacitantes, pois, durante uma crise de enxaqueca, o paciente não consegue realizar suas atividades habituais, como trabalhar e estudar.

É uma doença hereditária e crônica (sem cura), mas há inúmeros tratamentos disponíveis. Os sintomas são: dor de cabeça, geralmente de um lado só da cabeça, de moderada a forte intensidade, normalmente pulsátil, com duração de 4 a 72 horas e pode estar associada à náusea, vômito, sensibilidade à luz e ao barulho e tontura. Alguns pacientes têm enxaqueca com aura e, nestes casos, pode ocorrer algum distúrbio transitório da visão (flashes de luz e imagens brilhantes), equilíbrio, coordenação motora e fala.

Ainda não se conhece a causa exata da enxaqueca, mas a dor de cabeça ocorre quando o cérebro interpreta de forma inadequada informações conduzidas pelo quinto nervo craniano (chamado trigêmeo) para diferentes áreas do cérebro. Este nervo transmite impulsos nervosos provenientes do couro cabeludo e da face.
A enxaqueca é mais comum em mulheres e isto tem tudo a ver com o estrogênio, o principal hormônio sexual feminino. A flutuação mensal na concentração desse hormônio no sangue explica porque algumas mulheres têm dores de cabeça frequentes.

Há alguns fatores que desencadeiam a crise de enxaqueca: privação de sono, estresse ou ansiedade, alterações hormonais comuns nos períodos do ciclo menstrual e na menopausa, consumo excessivo de café, sons altos e agudos, luzes intensas ou odores fortes.

Há dois tipos de tratamento: abortivo e preventivo. Entende-se por tratamento abortivo o uso de medicação para cessar ou abortar a crise de cefaleia, como por exemplo analgésicos simples, anti-inflamatórios não-esteroidais e algumas medicações específicas, chamadas triptanos. Já o tratamento preventivo tem como objetivo reduzir a intensidade e frequência da dor de cabeça ao longo do tempo. Inúmeros medicamentos são prescritos neste tratamento, como: beta-bloqueadores, anti-convulsivantes, anti-depressivos, entre outros. Há outras opções de tratamento para casos refratários, com o uso, por exemplo, de toxina botulínica e anticorpos monoclonais.
Procure um neurologista para o diagnóstico e tratamento desta doença.