Fonte: Viva bem Uol, por Daniel Navas
A OMS – Organização Mundial da Saúde – classifica a obesidade como doença crônica. Muitos estudos já comprovaram que ela também é um gatilho para o aparecimento de outros problemas.
Pessoas obesas apresentam maior acúmulo de tecido adiposo (gordura) no corpo. Quando em excesso, a gordura produz substâncias inflamatórias que circulam no organismo e geram lesões, o que pode desencadear o desenvolvimento de enfermidades, como entupimento das artérias do coração, levando ao infarto agudo do miocárdio.
Outra doença muito prevalente nos obesos é a apneia obstrutiva do sono, que também aumenta o risco de infarto e hipertensão. Além disso, o risco de problemas como osteoartrite, cálculo na vesícula biliar, esteatose hepática, trombose venosa, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca, infecções, depressão e câncer também é maior em quem estiver obeso.
Atualmente, o cálculo de IMC (índice de massa corporal) ainda é usado para identificar a obesidade. A matemática é feita a partir do peso (kg) do indivíduo dividido pela sua altura (m) ao quadrado. Como esse cálculo não leva em consideração fatores importantes, como a quantidade de massa magra (músculos) e gordura no corpo da pessoa, assim como a distribuição da massa gorda em todo o organismo, profissionais da saúde podem pedir outros exames para identificar uma possível obesidade.
Um deles mede a circunferência abdominal e a partir daí identifica o nível de gordura visceral, localizada próxima dos órgãos e considerada mais prejudicial à saúde. Outro exame é a chamada bioimpedância, que utiliza condução elétrica de baixa voltagem no corpo, separando o que é água e o que é gordura, dando um resultado mais preciso a respeito da quantidade de massa magra e gorda no organismo. Também é utilizada a densitometria, que identifica, com detalhes, a composição corporal para se chegar em um diagnóstico mais correto.
E, por mais que a pessoa esteja obesa mas com a saúde em dia, ou seja, todos os exames com valores normais, é preciso atenção pois, por conta do processo inflamatório que a gordura em excesso causa no corpo, isso pode, a médio e longo prazos, desenvolver alguma das doenças mencionadas. É importante procurar um especialista, seja endocrinologista, nutricionista ou nutrólogo, para traçar um plano a fim de sair do nível de obesidade.
Vale lembrar que o emagrecimento não está relacionado à estética, mas é a principal maneira de evitar que os problemas apareçam.